Esquizoanálise e pós-estruturalismo: (inter)visões psicossociais

Introdução ao estruturalismo e pós-estruturalismo. Breve apresentação a Filosofia da Diferença e do pensamento de Gilles Deleuze e esquizoanálise. Introdução ao pensamento de Spinoza: Contextualização histórica, a modernidade filosófica, substância-atributo-modo para Spinoza, conhecimento e liberdade em Spinoza, os três gêneros de conhecimento para Spinoza, afetos-paixões e afetos-ações em Spinoza. Introdução ao pensamento de Nietzsche: Contextualização histórica, cultura e natureza em Nietzsche, niilismo em Nietzsche, negação e afirmação da vida, ressentimento e má consciência, destruição ativa, o eterno retorno. Introdução ao pensamento de Foucault: Contextualização histórica, as fases de produção de Foucault, a analítica do saber, a analítica do poder (genealogia), a microfísica do poder,

a analítica dos processos de subjetivação: o cuidado de si.

Nietzsche: “Bom e mau”, “bom e ruim”. Spinoza: sobre a diferença da Ética em relação à uma Moral. Deleuze e Guattari: desafiar o juízo; não julgar; fazer existir; querer o acontecimento.

Política, micropolítica e esquizoanálise. Filosofia e clínica-política. Questões de método e intervenção em esquizoanálise: desconstrução, cartografia e agenciamentos. Desejo e forças. Diagramas e máquinas desejantes. Capitalismo e subjetividade. Microfascismos. Devires-x. O grupo na esquizoanálise.

O corpo e as experimentações; As artes cênicas e a produção de afectos e outros possíveis psicossociais. Como produzir para si um corpo-sem-órgãos.

A perspectiva estética no pós-estruturalismo; O corpo-sem-órgãos; (inter)visões de Psicologia e arte nos contextos de intervenção.

O processo de subjetivação, linhas de segmentaridade, o hábito, a dobra os processos de territorialização e desterritorialização. Inter(visões) klínicas.

O que é o Cuidado de si? O que é o ‘si’? O que é cuidado? A sustentação conceitual feita a partir de Deleuze, Guattari e Foucault (Nietzsche, Bergson e Espinosa) – visa produzir a abertura de caminhos e diferenças. Neste recorte, alguns deles: Homem/Natureza; Moral/Ética; Parresia/Agon; Dobra do si; Processo terapêutico/’Mestre Intercessor’; o Cuidado de Si.

O inconsciente maquínico e o desejo. A produção do sofrimento psicossocial e a maquinaria psiquiátrica. Diálogos com as políticas públicas de saúde mental. Os modos concienciais e os processos de territorialização e desterritorialização. Afetos e potências nas práticas clínicas. Possibilidades de intervenções klínicas e psicossociais.

Ciências modernas e a psicologia do desenvolvimento. O dispositivo de Foucault à Deleuze e Guattari. Dispositivos psicoeducativos e esquizoanálise. Agenciamentos e processos de subjetivação no desenvolvimento. Crítica ao modelo tradicional do desenvolvimento humano. Interseccionalidade e estudos pós-coloniais.

Pós-estruturalismo e a Filosofia da Diferença na educação. Foucault e as ferramentas conceituais para análise/investigação. Processos de ensino-aprendizagem em suas diversidades, multiplicidades e diferenciações. A promoção do devir-criança, do devir- mestre e do devir-aprendiz.

Territórios existenciais e caosmose. Saúde e desejo. Biopolítica e biopoder. A Saúde Coletiva e as políticas públicas de saúde no contexto biopolítico contemporâneo: linhas de captura, controle e apropriação política da vida; linhas de criação, invenção

e de resistência. As ciências humanas como agente biopolítico de produção tanto de vida quanto de morte. Discussão das experiências dos estudantes em articulação com autores do campo da Saúde Coletiva e da Filosofia de Diferença.

Os dispositivos das sexualidades e o engendramento de processos subjetivos. Teorias sobre as relações de gêneros no cenário contemporâneo. A teoria queer e a (des)naturalização da lógica sexo-gênero-sexualidade. Intervenções clínicas, psicossociais e educacionais sobre gêneros e sexualidades.

Introdução ao tema da violência: o conceito de violência, diferenças entre violência e crime, os diferentes tipos de violências, violências e instituições: família/escola/trabalho; normalização dos comportamentos e produção de sujeitos violentos: uma analítica pós-estruturalista.

As práticas de judicialização da vida e patologização da infância e adolescência. As práticas de promoção, defesa e garantia de direitos sustentadas por racionalidades médico-psicológicas, biomédicas e jurídico assistenciais baseadas em pressupostos de saber e de poder disciplinares, biopolíticos e de segurança. Redes de Educação, Assistência e de Proteção como Dispositivos de Resistência.

Modelos de compreensão da deficiência: perspectiva histórica e política. Da abjeção à monstruosidade: os lugares e olhares atribuídos às pessoas com deficiência. Interdependência, ética do cuidado e justiça social. Capacistimo e exclusão social. Em busca da produção de outros mundos: práticas anticapacitistas nos diferentes contextos.

Ética, linguagem e princípios da elaboração de documentos produzidos no exercício profissional de Psicologia na perspectiva da Esquizoanálise e pós-estruturalismo. Referências do CFP.

Conceituação de Estudos subalternos, Pós-colonialidade, decolonialidade, anti-colonialidade. Identidade e diferença. Arte e periferias no sul global: narrativas anti-cistêmicas, produções ativistas.

Breve história da Análise Institucional. Conceitos e categorias da Análise Institucional: Instituído, Instituinte e movimento instituinte, processo de institucionalização; analisador, implicação e sobre implicação. Esquizoanálise como área de conhecimento e análise institucional enquanto práticas de intervenção para as Ciências Humanas e profissionais da área social. Planejamento, análise e intervenção grupal e institucional.

Supervisão de processos klínicos e educacionais atendidos pelas/os estudantes.