Projeto envolveu 14 cidades e promoveu mais de 38 mil atendimentos com impacto direto na comunidade local
Na última segunda-feira (21), a Universidade Paranaense (Unipar) e a Universidade Estadual de Londrina (UEL) encerraram sua participação na edição 2025 da Operação Rondon Paraná, durante cerimônia de formatura realizada no resort Morro dos Anjos, em Bandeirantes, no Norte do Estado. As duas instituições atuaram de forma conjunta nas cidades de Quatiguá e Barra do Jacaré, onde promoveram ações comunitárias com foco em saúde, educação, sustentabilidade, cultura e inclusão social.
O projeto é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e envolveu sete universidades estaduais e outras oito instituições de ensino superior, entre elas a Unipar. No total, foram realizadas 1.200 atividades em 14 municípios da região do Norte Pioneiro, que resultaram em mais de 38 mil atendimentos diretos à população.
Unipar na Operação Rondon Paraná
Esta foi a primeira vez que a Unipar participou oficialmente da Operação Rondon Paraná. A equipe da instituição foi composta por 20 acadêmicos de cursos distintos dos sete campi e quatro professores monitores. Em parceria com os acadêmicos e docentes da UEL, foram realizadas mais de 120 oficinas voltadas à comunidade. As atividades integraram ensino, pesquisa e extensão.
A professora Ana Carolina Zaze, gerente geral de projetos de extensão da Unipar e coordenadora da participação da instituição na operação, enfatizou a importância do projeto. “A execução das ações nos municípios foi mediada pela realização das oficinas propostas por nós professores e também pelos próprios acadêmicos, durante o período de planejamento. Ver essas ações acontecerem, muitas vezes com melhorias e adaptações, é extremamente gratificante”, destacou. A professora complementa que “a Operação Rondon nos permite aplicar conhecimentos, fazer a diferença nas comunidades e desenvolver novas habilidades nos acadêmicos. É um aprendizado para a vida”.
Em Quatiguá, as atividades envolveram oficinas como Fotografia Ecológica, voltada à sensibilização ambiental por meio da fotografia, Color Fun, que promoveu o ensino lúdico das cores em inglês para crianças, além de Mãos que Reciclam, Ideias que Brilham, com foco em reciclagem e sustentabilidade. A comunidade também participou de oficinas de culinária afetiva e cultivo de plantas medicinais, com abordagem prática e educativa.
Kauan Martins Medeiros, estudante de Psicologia do campus de Cascavel, desenvolveu atividades em Barra do Jacaré e declarou que sua experiência foi incrível e transformadora. “Da mesma forma que acessamos as demandas da população, fomos sendo transformados juntos. O Rondon é algo incrível em que todas as universidades devem participar para que mais estudantes tenham acesso a essa experiência”.
Rodrigo Estevão Rottava, acadêmico de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, campus de Cascavel, também atuou em Barra do Jacaré, com oficinas sobre golpes cibernéticos voltadas ao público idoso. “Foi um trabalho conjunto muito produtivo. Um momento que me marcou foi o aniversário de uma das crianças que participava das oficinas. Compramos um bolo e fizemos uma surpresa, ele chorou de emoção. Isso nunca vou esquecer”, relatou. Para Rodrigo, a Operação Rondon representa acolhimento e adaptação. “A gente planeja por meses as atividades, mas muitas vezes a realidade exige flexibilidade. É preciso ouvir, ser humilde, entender a comunidade e fazer o melhor possível”.
Já em Barra do Jacaré, as ações priorizaram temas de saúde e bem-estar. Oficinas como Pelada da Vida e De Corpo e Coração abordaram cuidados com a saúde física e emocional, especialmente voltadas ao público masculino e feminino de diferentes faixas etárias. Houve ainda a oficina Crie, Lucre, Inspire, com foco em geração de renda através do artesanato, e Desconecta um pouco, se conecta contigo!, voltada a adolescentes, incentivando práticas de autocuidado e saúde mental.
A acadêmica Bertieli Krampe de Almeida, do curso de Psicologia do campus de Francisco Beltrão, participou das atividades em Quatiguá. “Consegui desenvolver várias oficinas na minha área, voltadas à saúde mental de crianças, adolescentes, profissionais da saúde e professores. Também participei de atividades lúdicas e recreativas com crianças. Foi enriquecedor para mim como pessoa e profissional”, disse.
Dados da Operação Rondon
A edição 2025 da Operação Rondon Paraná foi coordenada pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e contou com a participação das sete universidades estaduais e oito instituições de ensino superior parceiras, incluindo a Unipar. As ações aconteceram entre os dias 11 e 21 de julho e abrangeram 14 municípios: Barra do Jacaré, Quatiguá, Cornélio Procópio, Leópolis, Nova Fátima, Nova América da Colina, Nova Santa Bárbara, Congonhinhas, Santa Amélia, São Sebastião da Amoreira, Rancho Alegre, Joaquim Távora, Guapirama e Itambaracá.
Foram desenvolvidas mais de 1.200 atividades de ensino, pesquisa e extensão, que resultaram em 38 mil atendimentos diretos à população. Participaram da operação 277 acadêmicos voluntários, 42 professores e 11 técnicos. Segundo dados do sistema WebGIS da Seti, 70% das ações impactaram positivamente os indicadores do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), especialmente nas áreas de saúde e educação. O levantamento também apontou que 45% da população atendida nunca havia participado de ações universitárias e 97% expressaram o desejo de continuidade das atividades.
* Com dados da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
* Imagem da Equipe de Comunicação Operação Paraná e Equipe Unipar