Trabalhos práticos engajam alunos e contribuem para fixação do conteúdo

Publicado em 18 de Junho de 2025 às 11:56

Universidade propõe para alunos a produção de trabalhos diferenciados, como representação de células comestíveis, quiz e atendimentos práticos

Estudar e reter o conhecimento é um processo diferente para cada pessoa. Pensando nisso, a Universidade Paranaense (Unipar), por meio de seu corpo docente, busca múltiplos formatos educativos, contribuindo para que os alunos tenham uma maior fixação do conteúdo.

No campus de Cascavel, cada vez mais, os trabalhos criativos têm chamado atenção, proporcionando aos alunos uma forma divertida e leve de aprender. Um exemplo de quem insere essas práticas em suas disciplinas é a professora Bárbara Horvath.

A abordagem feita por ela é diversa, sendo que já contou com a produção de células comestíveis, nos cursos de Enfermagem e Estética e Cosmética; “Masterchef da química”, em que os alunos de Biomedicina representaram os hormônios com materiais comestíveis; “Rainha da Sucata”, uma atividade direcionada para a produção de vias metabólicas, utilizando materiais recicláveis, no curso de Enfermagem.

A professora também propôs para os alunos de Psicologia a apresentação dos lobos cerebrais, um dos locais onde nascem os sentimentos, com soluções criativas. Entre os trabalhos, foram produzidas almofadas, quebra-cabeça lúdico e teatro de fantoches.

“Percebo que nas minhas disciplinas, que exigem muito da imaginação dos alunos em relação ao conteúdo microscópico, utilizar ferramentas lúdicas para compreender o conteúdo melhora muito a relação deles com a matéria e com o próprio aprendizado. É diferente de você citar um tijolo, por exemplo, que é algo muito claro na cabeça de todos, do que a estrutura de uma membrana plasmática, de moléculas químicas e de componentes celulares. Só o fato de buscarem uma versão disso para representar, já facilita o entendimento e auxilia na lembrança a longo prazo”, destaca Bárbara.

Ainda de acordo com ela, a realização das práticas contribui para a vida profissional, pois trabalham habilidades como organização, liderança, manejo de recursos, etc.

A mesma perspectiva é compartilhada pela professora Helen Cristina Lazzarin, que leciona Atenção em saúde bucal e coletiva II, no 5° período de Odontologia. “Os trabalhos diferenciados estimulam metodologias ativas de ensino, nas quais os estudantes participam ativamente do processo de aprendizagem. Essas atividades favorecem a criatividade, promovem maior engajamento e facilitam a fixação do conteúdo, tornando a aprendizagem mais significativa e prática”.

Na disciplina, os alunos realizam levantamentos epidemiológicos em escolas. Após essa etapa, retornam para a Universidade, onde prestam atendimentos clínicos preventivos, como a aplicação de selantes, realização de ART (Tratamento Restaurador Atraumático) e aplicação tópica profissional de flúor, conforme detalha a professora.

Também no curso de Odontologia, os alunos ingressantes são estimulados a desenvolver práticas criativas. “Os trabalhos são relacionados aos temas abordados em sala de aula. Um exemplo são as palestras educativas de saúde bucal, direcionadas a diferentes públicos-alvo, permitindo que eles pratiquem a comunicação, a educação em saúde e o planejamento de ações coletivas”, explica a professora Elen Dal Bosco, que leciona Saúde coletiva nos ciclos de vida.

Para a aluna de Biomedicina Maria Gabrielle Valchak, as práticas são bem-vindas. “Eu aprendo resolvendo questões, então, quanto mais dinâmica é a forma de ensino, mais fácil o aprendizado e a fixação, pois atinge diferentes formas de estímulo, sem ser maçante. Possibilita também interagir mais com os colegas que não temos tanto contato”.

Ela destaca ainda que enxerga os trabalhos fazendo diferença no futuro profissional. “Faz nosso cérebro trabalhar de forma mais rápida e criativa e, isso sem dúvidas, impacta na vida profissional, pois são características bem vistas no mundo corporativo”.

Maria relembra também um trabalho prático em formato de quiz, na disciplina de Farmacologia, do qual não foi tão bem, mas que a direcionou para um desempenho positivo posteriormente na prova. “Eu me surpreendi com meu resultado, pois pude ver onde estavam as minhas dificuldades de aprendizado, além de ter sido uma dinâmica muito divertida de fazer”.

Entre as professoras, a opinião é unanime: a aceitação dos alunos é positiva. Visão que também é compartilhada pelo Diretor da Unidade de Cascavel, Raphael Sahd. “Essas metodologias vão além da simples transmissão de conteúdo, proporcionando experiências mais dinâmicas, significativas e transformadoras no processo de aprendizagem. Os trabalhos também estimulam o pensamento crítico, a resolução de problemas, a capacidade de inovação e a expressão individual dos alunos”.

Ele finaliza destacando que um dos compromissos da Unipar é a empregabilidade de seus alunos e egressos. “Essas metodologias desenvolvem competências essenciais para o mundo contemporâneo, como a autonomia, a comunicação eficaz, a empatia e a adaptabilidade. Ao envolver os alunos em processos criativos, cria-se um ambiente de aprendizado mais engajador, onde há espaço para experimentação, reflexão e construção coletiva do saber, preparando-os de diversas formas para o ambiente de trabalho”.

Atendimento à comunidade

Além dos trabalhos realizados em sala de aula, a Universidade Paranaense oferece, dentro da grade curricular de seus cursos, a possibilidade de realizar atendimentos diretamente com a comunidade.

Atualmente, em Cascavel são ofertados atendimentos na Clínica de Odontologia, no Centro de Psicologia Aplicado (CPA) e no Serviço de Atendimento Judiciário Gratuito (Sajug). Além disso, a Unipar possui parceria com um laboratório terceirizado, voltado para práticas de análises clínicas, para os acadêmicos de Biomedicina.

Para saber detalhes e agendar, entre em contato pelo telefone (45) 3321-1300.

Última atualização em 18 de Junho de 2025 às 12:00