Projeto Transformar encerra atividades de 2025 com mais de 100 participantes no campus de Francisco Beltrão

Publicado em 28 de Novembro de 2025 às 14:22

Desenvolvido pelo curso de Direito, o programa promove a reeducação e reflexão de homens envolvidos em situações de violência doméstica, em parceria com o curso de Psicologia e o Cejusc

O Projeto Transformar, desenvolvido pelo curso de Direito da Universidade Paranaense (Unipar), Campus de Francisco Beltrão, está concluindo as atividades referentes ao ano de 2025. No final de outubro, no dia 25, teve início o 40º ciclo do programa, que representa o encerramento das ações deste ano. Ao longo do ano letivo, foram atendidos 108 homens distribuídos em nove ciclos.

A iniciativa tem como propósito promover processos de reeducação e reflexão para homens envolvidos em situações de violência de gênero e doméstica contra a mulher, buscando prevenir a reincidência e fomentar transformações pessoais e sociais. “O projeto tem como propósito promover processos de reeducação e reflexão”, afirmou Renilson da Paz, advogado e um dos responsáveis técnicos junto com a advogada Paula Caroline de Freitas Marques. Ele destacou que a proposta busca “prevenir a reincidência e fomentar transformações pessoais e sociais”.

O projeto é executado pelo curso de Direito da Unipar, por meio do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), em parceria com o curso de Psicologia e com apoio da Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar do Paraná. os acadêmicos de Direito e Psicologia participam das atividades sob supervisão de docentes e profissionais técnicos.

Desde o final de 2021, o Projeto Transformar já atendeu mais de 335 homens. O encaminhamento dos participantes ocorre por determinação do Juízo da Vara Criminal da Comarca de Francisco Beltrão, com fundamento no art. 22, inciso VI, da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), que determina o comparecimento obrigatório do noticiado da violência a programas de recuperação e reeducação. O descumprimento dessa medida pode resultar em prisão preventiva e configura o crime previsto no art. 24-A da mesma lei.

Cada ciclo é composto por seis encontros. O primeiro é destinado ao acolhimento e os demais abordam temas como responsabilidade legal, relações familiares, gênero, masculinidades, machismo, emoções, autocontrole e comunicação não violenta. “São temas que estimulam reflexão e discussão”, reforçou Renilson.