Espaço funciona como laboratório a céu aberto para conscientização sobre uso correto das plantas medicinais
O Horto Medicinal da Universidade Paranaense (Unipar), no Campus II, localizado junto à Clínica Escola Veterinária (Campus Cruzeiro), em Umuarama (PR), retomou as atividades após o período de férias do primeiro semestre de 2025. O local funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h30, e mantém ações voltadas ao ensino, pesquisa e extensão universitária.
Criado em 1997, o Horto é um projeto que envolve diretamente os estudantes do mestrado e doutorado em Plantas Medicinais, Biotecnologia e Ciência Animal. Com uma área de 30 mil metros quadrados, o espaço abriga cerca de 550 espécies de plantas medicinais, comestíveis, aromáticas e ornamentais. Parte da produção, como a de mudas, é conduzida por estudantes da graduação em Engenharia Agronômica.
Além do apoio a pesquisas acadêmicas, o Horto tem papel na conscientização sobre o uso correto das plantas medicinais. Realiza ações educativas com oficinas e visitas monitoradas para escolas e grupos comunitários, além de promover uma exposição anual com a venda de mudas de espécies aromáticas, medicinais e condimentares. Para hortas comunitárias, as mudas são doadas. Já o público em geral, pode adquirir os exemplares com valores que variam de R$ 3 a R$ 10, conforme a espécie.
Para mais informações ou agendamento de visitas, os interessados devem entrar em contato pelo e-mail da coordenadora do Horto Medicinal, professora Ezilda Jacomassi, ezilda@prof.unipar.br.
Educação, extensão e saber popular
As visitas ao Horto devem ser agendadas previamente por e-mail, com solicitação formal e descrição do público-alvo. Segundo a professora Ezilda, “nas visitas monitoradas e palestras trabalhamos com o resgate do saber popular, sobre o cultivo e o uso de plantas medicinais e aromáticas, orientando a população para que possa reconhecer e fazer o uso com maior segurança e eficácia das plantas”. A docente destaca ainda o caráter educativo das visitas, que alertam também para o uso seguro de plantas potencialmente tóxicas, muitas delas utilizadas como ornamentais e que oferecem risco, especialmente a crianças e animais de estimação.
As oficinas práticas do projeto envolvem atividades sensoriais com plantas frescas, despertando visão, olfato, paladar e tato. Também é realizada a produção de sal aromático com finalização lúdica de preparo de pipoca temperada - servida aos participantes.
Atendimentos no primeiro semestre
Entre as ações realizadas no primeiro semestre deste ano, destaca-se a visita do Clube de Ciências do Colégio Estadual José Alfredo de Almeida, de Mariluz (PR), coordenada pela professora Renata Bazanela Lins, cujo objetivo foi aprofundar os conhecimentos dos estudantes sobre o cultivo e uso de plantas medicinais, com doação de mudas para implantação de uma horta escolar.
Outro grupo atendido foi o Clube de Ciências Ilha da Ciência, de Altônia, coordenado pela professora Camila de Medeiros e vinculado à rede “Paraná Faz Ciência”. Os estudantes do ensino fundamental participaram de experiência prática sobre sustentabilidade e manejo de plantas.
O projeto também recebeu integrantes do Grupo União pela Vida, dentro do AgPopSUS/Umuarama (Programa de Formação de Agentes de Educação Popular em Saúde), uma iniciativa do Ministério da Saúde. Na ocasião, foram realizadas doações de mudas e materiais didáticos, como livros e cartilhas. A visita contou ainda com a parceria do professor César Augusto Hofman, do curso de Arquitetura da Unipar, que colaborou no paisagismo da construção de um jardim comunitário
A professora Ezilda ressalta que todas as atividades do Horto Medicinal buscam atender a comunidade. “Quando as atividades estão voltadas à implantação de hortas comunitárias, além das mudas, também é disponibilizado material didático como livros e cartilhas do Horto”, conclui.
Última atualização em 31 de Julho de 2025 às 18:19