Em construção: Unipar inicia projeto de extensão do Horto Medicinal

Publicado em 4 de Setembro de 2020 às 16:00

Alunos de Estética e Cosmética e Enfermagem participam do cultivo das plantas e aprendem do preparo do solo à colheita

Mudas e sementes de árvores frutíferas, raízes, chás e flores são a matéria-prima do novo projeto de extensão da Universidade Paranaense – Unipar, o Horto Medicinal. À frente das atividades está a professora Milena Lorencete, que atua junto com acadêmicos dos cursos de Estética e Cosmética e de Enfermagem.

O projeto teve início há menos de um mês e o espaço já tem novos canteiros, estufas e plantas de várias espécies, com finalidades terapêuticas e, ainda, de ambientação e arborização de lares.

“No Horto Medicinal cultivamos plantas medicinais, ornamentais, alimentícias comuns e não convencionais, onde os acadêmicos aprendem desde o preparo do solo até a colheita”, explica a professora.

Milena, que é mestranda em Plantas Medicinais e Fitoterápicos na Atenção Básica, programa oferecido pela Unipar em Umuarama, ressalta a importância da difusão de conhecimentos científicos relacionados aos princípios ativos de plantas e ervas medicinais.

“A ideia do projeto surgiu com o mestrado e o objetivo é proporcionar aos participantes embasamento teórico e prático nesse contexto, já que a assistência básica de saúde considera e faz a integração dos fitoterápicos para tratamento de afecções e patologias”, afirma.

 

Cultura popular

Milena Lorencete ainda elenca outras possibilidades do projeto, como catalogar e socializar os saberes da comunidade em relação às plantas medicinais, difundir fazeres da cultura tradicional presentes na medicina popular alternativa, propagando saberes científicos e populares.

Assim, segundo ela, a iniciativa surge como uma oportunidade para o estudo da fitoterapia, que faz uso de remédios de origem vegetal para fins de tratamento de doenças. “Desde a antiguidade, egípcios, chineses e outros povos, já usavam e catalogavam plantas e ervas para cura e alívio de males”, cita.

“Com esse projeto abordaremos a sociedade, instruindo sobre a toxicidade do consumo desmedido de chás, o preparo correto das plantas alimentícias e afins. Nosso projeto é ambicioso; esperamos que os acadêmicos, professores e colaboradores nos ajudem a realizar essa benfeitoria em nossa sociedade”, sinaliza a docente.

 

Acadêmicos engajados

O projeto integra doze alunos voluntários, que passaram pela seleção. “Eu me inscrevi porque sempre gostei dessa área”, diz o acadêmico de Enfermagem, Raul Antunes (4º ano). Ele conta que a inspiração veio por ter trabalhado em loja de suplementos e produtos naturais, uma experiência de seis anos, onde aprendeu e ouviu vários relatos do quanto as plantas contribuem para o bom funcionamento do organismo humano.

“Sempre fui curioso pelo mundo natural e nesse projeto consigo ter uma maior experiência e também novos conhecimentos, além da troca de informações com meus colegas e professores, relação que contribui muito para minha formação profissional e pessoal também”, afirma.

E acrescenta: “Sou um grande fã da vida saudável, do mundo natural, de remédios caseiros, então, sem sombra de dúvidas, eu acredito que os remédios feitos à base de plantas medicinais também são de extrema eficiência para a população”.

Também a estudante do curso de Estética, Ana Paula Rosolen (1º ano), está entusiasmada: “Eu me inscrevi no projeto pois tive curiosidade sobre como as plantas naturais podem agir de forma benéfica no nosso corpo e o poder que elas têm enquanto medicamento natural. Fico feliz em fazer parte da construção desse projeto desde o seu início. Ainda estou no primeiro ano de formação, mas acredito que contribuirá para processos estéticos naturais futuramente aplicados”.