A alimentação tem ligação direta com o sono, as diversas fases da vida e a prevenção de doenças, como diabetes, hipertensão e dislipidemias

Na semana que se comemora o Dia Mundial da Alimentação (16 de outubro), a Universidade Paranaense (Unipar), explica como a alimentação tem impacto direto no dia a dia e dá dicas a respeito do assunto.
A alimentação é a principal fonte de energia para todas as funções diárias de uma pessoa: cognitivas, físicas e emocionais. Contar com uma dieta equilibrada mantém a disposição, melhora a concentração e contribui para a prevenção de doenças, conforme explica a Coordenadora do Curso de Nutrição da Unipar em Toledo, Cristiane Buzanello Donin.
Segundo ela, a alimentação deve ser um fator de cuidado desde a infância: “Além da qualidade e da composição dos alimentos, é essencial que a alimentação seja adequada para cada fase da vida: infância, adolescência, vida adulta e envelhecimento, considerando as necessidades específicas de nutrientes, energia e composição corporal em cada período. Esse cuidado permite manter a qualidade de vida, preservar a funcionalidade e prevenir doenças crônicas”.
Outro fator que está diretamente ligado à uma boa alimentação, é a boa qualidade do sono. “A crononutrição é a ciência que estuda a relação entre o ritmo biológico e o momento das refeições, demonstrando que o horário e o tipo de alimento consumido influenciam diretamente o metabolismo, o ciclo circadiano e a qualidade do sono”, destaca a nutricionista. Dessa forma, a recomendação profissional é evitar refeições muito pesadas, ricas em gordura, açúcar e cafeína, preferindo refeições leves e equilibradas.
Para quem busca equilibrar a rotina e comer de forma mais saudável, é possível ajustar pequenos hábitos, como manter horários regulares para as refeições e respeitar os sinais do corpo. Atualmente, o Ministério da Saúde oferta o Guia Alimentar, que possui informações detalhadas a respeito dos alimentos e como ingeri-los, estimulando o consumo de alimentos in natura.
Alimentação x atividade física
Para quem se pergunta se é possível emagrecer sem atividade física, a resposta da profissional, Cristiane Donin, é: sim. “No entanto, o emagrecimento saudável e duradouro vai muito além da restrição calórica: ele depende da associação entre alimentação equilibrada e prática regular de atividade física. O exercício estimula o metabolismo, preserva a massa muscular e favorece o equilíbrio hormonal”.
Além de liberar os hormônios mais conhecidos, como endorfinas, serotonina e dopamina, o exercício físico contribui para outras funções do corpo. “Melhora a sensibilidade à insulina e contribui para o controle dos hormônios grelina e leptina, que regulam a fome e a saciedade, auxiliando no ajuste natural da ingestão alimentar”.
Atenção com a alimentação restritiva
O alerta final da nutricionista é com a alimentação restritiva, que, além da saúde física, pode comprometer a saúde mental. “Dietas restritivas desconsideram a individualidade biológica, os horários corporais e o equilíbrio entre os sinais de fome e saciedade, fundamentais para uma relação saudável com a comida. Além de provocarem carências nutricionais, essas práticas podem atuar como fatores precipitantes de transtornos alimentares, como anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno de compulsão alimentar periódica. O ciclo de restrição pode gerar culpa e sofrimento”.
Nutrição na Unipar
Anualmente, a Universidade Paranaense forma diversos profissionais em Nutrição, que estudam nas aulas esse tema de forma aprofundada, capacitando-os para elaborar planos individualizados de nutrição e atuar em diversas áreas relacionadas ao curso.