Há profissões que transformam o mundo silenciosamente. A Universidade Paranaense (Unipar) presta, neste Dia do Professor, uma homenagem a quem faz da sala de aula um espaço de transformação. Entre tantas histórias que compõem a trajetória da instituição, está a da professora Vanda Zago, coordenadora do curso de Engenharia Agronômica no campus de Guaíra, cuja vida se entrelaça à própria história da Unipar.
“Ser professora é transformar a vida das pessoas”, diz Vanda. “O aluno chega tão imaturo, tão sem objetivos... e quando ele sai, é outra pessoa. Eu sempre digo a eles: quem entrou não é o mesmo que vai sair da universidade”.
Engenheira civil formada pela Unipar em 2013, Vanda concluiu a pós-graduação em Gerenciamento de Obras e Edificações no ano seguinte e, em 2019, finalizou o mestrado em Sustentabilidade, com ênfase no Aproveitamento de Resíduos da Construção. Desde 2015, leciona e coordena cursos das engenharias na universidade, uma trajetória que começou por incentivo de outro professor, Everley Câmara, que ela chama de “meu grande inspirador”.
“Eu não acreditava que poderia ser professora”, relembra. “O professor Everley acreditou em mim quando nem eu acreditava. Ele me incentivou a participar do processo seletivo, mesmo eu dizendo que não tinha experiência. E foi ali, meio sem querer, que tudo começou”.
Daquela aula sobre solos, nascida de seu próprio Trabalho de Conclusão de Curso, surgiu uma carreira. Pouco depois, Vanda foi convidada a coordenar o curso de Engenharia Civil em Guaíra. “Eles viram em mim um potencial que eu mesma não via”, conta. “E acho que deu certo. O curso conquistou nota máxima na avaliação do MEC, e isso mostra que o trabalho coletivo, a dedicação e a confiança rendem frutos”.
Mas, para ela, ser professora vai além de resultados. “Não é só ensinar técnicas, especialmente na engenharia, que é uma área muito técnica. O professor é reconhecido quando está próximo, quando passa experiência, quando entende as dificuldades do aluno e se dedica para que elas sejam superadas. É ser humano antes de ser professor”.
O vínculo com a Unipar vai muito além da docência. “Antes de estudar, eu passava na frente da universidade e achava que aquilo era algo inatingível”, conta emocionada. “Demorei 16 anos depois do ensino médio para voltar a estudar. E a Unipar me acolheu, me ajudou em tudo, até financeiramente, quando a vida era mais difícil. Por isso, a Unipar é quase uma pessoa da família. Transformou minha vida”.
Essa transformação, diz Vanda, estendeu-se também às suas filhas. “Se eu não tivesse estudado, não teria conseguido proporcionar o mesmo a elas. Então, trabalhar na Unipar é mais que um trabalho, é uma forma de retribuir o que recebi”.
Hoje, uma dessas filhas também é professora na Unipar. “É muito bom ver que alguém está seguindo esse caminho”, diz com orgulho. “Ver um filho se tornar um bom ser humano, um bom profissional, isso não tem preço. É a sensação de tarefa cumprida”.